segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Será que teremos uma sindicância honesta?


O novo presidente dirigiu-se aos empregados da Embrapa: “Aceitei essa tarefa com grande honra, mas consciente do desafio, talvez o maior da minha vida.”
Com certeza, se analisarmos o currículo do Presidente, temos de concordar que este certamente, e não “talvez” será seu maior desafio. Agora a eloqüência não basta, terá que mostrar resultados. Apesar das restrições quanto à sua competência e ética, para o bem da empresa que tanto amamos devemos desejar-lhe muito sucesso. Todos agora temos de apoiar a nova gestão, incluindo, é claro, a sua nova equipe de gestão (GPR, SGE, SRI).
Sobre a Embrapa Internacional, o novo presidente disse, em sua primeira entrevista no cargo “Houve um equívoco ou uma avaliação um pouco incorreta sobre o modelo mais adequado para operar no exterior... As razões da extinção serão apontadas futuramente, após a sindicância que está em processo”.

Isso gera um alto grau de incerteza, haja vista que decisões de profundo impacto para a Embrapa foram tomadas antes da sindicância haver sido sequer instalada. Na semana passada, um arquivo contendo as principais informações sobre a criação da Embrapa Internacional já foi encaminhada à Auditoria da Embrapa, a qual deverá encaminhar ao MAPA. A internacionalização iniciou-se há vários anos, e inclui a implantação de unidades em vários países em todo o mundo. Essas unidades normalmente são implantadas por decisão da Diretoria, e o Conselho de Administração aprova após o fato. Mesmo assim, os fatos mostram que o CONSAD vem discutindo a criação da Embrapa Internacional desde 2008. A afirmação de que essa unidade foi criada sem a aprovação do CONSAD não só é inverídica, também contraria a rotina de praxe.

O que podemos concluir disso tudo? Náo há como não concluir que foi tudo um pretexto para justificar o “golpe de estado” para a remoção do presidente Arraes. Não somente a remoção, mas a destruição da sua honra. Se o objetivo fosse somente trocar o presidente, teria sido muito fácil simplesmente não reconduzi-lo em agosto. Não, isso não causaria os danos que este suposto escândalo pode provocar. Agora temos essa incerteza – depois de criar essa “crise” e remover os indesejáveis Arrraes e Souza, substituindo por elementos mais aceitáveis aos que têm esse poder, o que será da tal sindicãncia? Será que eles podem permitir que a sindicância proceda honestamente, mostrando os fatos verdadeiros, e absolvendo Pedro Arraes, Basílio de Souza e sim, Vânia Castiglioni também, de qualquer malfeito?

Esperamos que sim, mas não estamos otimistas.

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