O novo presidente dirigiu-se aos
empregados da Embrapa: “Aceitei essa tarefa com grande honra, mas consciente do
desafio, talvez o maior da minha vida.”
Com certeza, se analisarmos o
currículo do Presidente, temos de concordar que este certamente, e não “talvez” será seu maior desafio. Agora a eloqüência
não basta, terá que mostrar resultados. Apesar das restrições quanto à sua
competência e ética, para o bem da empresa que tanto amamos devemos desejar-lhe
muito sucesso. Todos agora temos de apoiar a nova gestão, incluindo, é claro, a
sua nova equipe de gestão (GPR, SGE, SRI).
Sobre a
Embrapa Internacional, o novo presidente disse, em sua primeira entrevista no
cargo “Houve um equívoco ou uma avaliação um pouco incorreta sobre o modelo
mais adequado para operar no exterior... As razões da extinção serão apontadas
futuramente, após a sindicância que está em processo”.
Isso gera um
alto grau de incerteza, haja vista que decisões de profundo impacto para a
Embrapa foram tomadas antes da sindicância haver sido sequer instalada. Na
semana passada, um arquivo contendo as principais informações sobre a criação
da Embrapa Internacional já foi encaminhada à Auditoria da Embrapa, a qual
deverá encaminhar ao MAPA. A internacionalização iniciou-se há vários anos, e
inclui a implantação de unidades em vários países em todo o mundo. Essas
unidades normalmente são implantadas
por decisão da Diretoria, e o Conselho de Administração aprova após o fato. Mesmo assim, os fatos
mostram que o CONSAD vem discutindo a criação da Embrapa Internacional desde
2008. A afirmação de que essa unidade foi criada sem a aprovação do CONSAD não
só é inverídica, também contraria a rotina de praxe.
O que podemos
concluir disso tudo? Náo há como não concluir que foi tudo um pretexto para
justificar o “golpe de estado” para
a remoção do presidente Arraes. Não somente a remoção, mas a destruição da sua
honra. Se o objetivo fosse somente trocar o presidente, teria sido muito fácil
simplesmente não reconduzi-lo em agosto. Não, isso não causaria os danos que
este suposto escândalo pode provocar. Agora temos essa incerteza – depois de
criar essa “crise” e remover os indesejáveis Arrraes e Souza, substituindo por
elementos mais aceitáveis aos que têm esse poder, o que será da tal
sindicãncia? Será que eles podem permitir que a sindicância proceda
honestamente, mostrando os fatos verdadeiros, e absolvendo Pedro Arraes,
Basílio de Souza e sim, Vânia Castiglioni também, de qualquer malfeito?
Esperamos que
sim, mas não estamos otimistas.
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