sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Embrapa Internacional abortada antes de nascer


Saiu ontem no Diário Oficial da União a exoneração de Pedro Arraes da Presidência da Embrapa. Agora sim temos um só Presidente, o MAL. Devemos todos apoiá-lo nessa difícil função de gerir a empresa, no caso dele duplamente difícil pela necessidade de estar na frente dos microfones durante 4 horas por dia. Quantas entrevistas e coletivas já, e isso só no primeiro dia!

Já foi dissolvida a Embrapa Internacional, pessoa jurídica registradas nos Estados Unidos, sem sequer haver feito uma só operação. Pasmem, um processo que no Brasil demora 4 anos ocorre nos Estados Unidos em menor número de dias. A extinção da Embrapa Internacional foi determinada pelo Ministro Mendes Ribeiro em seu despacho de 05 de outubro.

Como é que um Ministro do governo brasileiro teria autoridade para ordenar o fechamento de uma fundação registrada em outro país? Muito simples: como a Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seus empregados estão subordinados ao Ministro da pasta. Agora começa a diversão: a Embrapa Internacional tinha em seu Estatuto uma Diretoria composta por três Diretores – o Presidente da Embrapa, o Diretor Executivo de Administração e Finanças da Embrapa, e o Chefe da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa. Reparem algumas coisas: 1) Não estamos falando das pessoas físicas de Pedro Arraes, Vânia Castiglioni e Basílio de Souza, tratava-se dos ocupantes desses cargos; 2) Os Diretores estavam proibidos de receber qualquer tipo de remuneração pelo cargo; e 3) Sim, é verdade, a Diretora Vânia também era Diretora da Embrapa Internacional. Pois bem, já que os Diretores da Embrapa Internacional eram empregados da Embrapa, sempre estiveram subordinados ao Ministro. Simples assim.

No despacho de 05 de outubro, o Ministro determina a extinção da Embrapa Internacional, o afastamento do Presidente Pedro Arraes, e a exoneração de Basílio de Souza.

A pergunta que não quer calar: porque é que Vânia Castiglioni, a terceira Diretora da Embrapa Internacional, recebeu tratamento diferenciado, não só permanecendo no cargo, mas também nomeada como Presidente Interina da Embrapa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário