Nossa intenção, e esperança, sempre foi de que a Sindicância sobre a Embrapa Internacional fosse conduzida de forma honesta e transparente. Ficamos calados durante a análise documental, e as "entrevistas" de dezenas de colegas, alguns envolvidos no assunto e outros nem tanto. Agora que estamos chegando ao final desse processo, cabem alguns comentários.
Nesta altura do campeonato, a sindicância instalada pelo
MAPA já descobriu muitas fatos, como o de que não havia empresa particular e
sim uma organização sem fins lucrativos; como que a mesma jamais movimentou um
centavo, seja de recursos do Tesouro ou de terceiros; como que a Embrapa Internacional foi criada
com total transparência e amparo da legislação vigente; como que toda a
Diretoria Executiva da Embrapa participou e aprovou da sua criação. Tudo isso substanciado com documentos,
informações públicas, e depoimentos. Não
obstante, alguns depoimentos tentaram manter a fantasia perversa de que houve
mal feito, e mais, que a Diretoria nada sabia ou eram coagidos.
Alguns afirmaram que foram obrigados a colaborar com o
suposto esquema, pelo autoritário e truculento Pedro Arraes. Seria risível se
não fosse uma traição tão execrável. Quem conhece o
ex-Presidente da nossa empresa sabe que
Arraes foi e é exatamente o contrário, ou seja, colaborativo e conciliador,
talvez até demais, pois assim deixou espaço para que os traidores armassem as
suas intrigas . Pior ainda, a Diretora Vânia teve a audácia de afirmar
que não sabia de nada (onde já ouvimos isso?). Difícil acreditar, sendo
ela uma das Diretoras da Embrapa Internacional, com autoridade sobre a conta
bancária. Aliás, a Diretora teve de ir pessoalmente até a agência bancária em
Washington para assinar documentos. Como será que ela conseguiu fazer isso
sem tomar conhecimento de nada? Ah sim, estava sendo coagida pelo autoritário e
truculento Arraes, quem a colocou como Chefe do PAC, a colocou como Diretora, e
a nomeou sua substituta. É assim que se dá o troco, madame?
A boa notícia, se é que se pode definir assim, é parece que
o Ministro e a Casa Civil já deram-se conta do erro que foi cometido. Ou talvez
o objetivo já fosse alcançado, e não haveria mais necessidade de perseguir as
vítimas. Afinal de contas, o Arraes
saiu, os traidores estão em seus cargos, as eleições acabaram, e dizem por aí
que o Ministro está para sair. De qualquer forma, há indícios de que esta
novela pode acabar logo.
Nesta altura do campeonato, não há como se ter um
final feliz, mas como dizem por aí, em campo do adversário empate é vitória.